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Goiá - Músicas G
Goiá - Músicas G

 

 Garimperiros Theodoro

 

Goiá

 

Brasil querido, meus colegas, minha gente,

Me permitam novamente, minha terra recordar,

Eu tive a sorte de ser muito compreendido,

Pois o povo comovido se coloca em meu lugar.

Sentindo as rimas, de saude que escrevo,

Cada um tem seu enlevo e á lembrança logo vem,

Hoje recordo, dois antigos garimpeiros,

Dois irmãos, dois companheiros,

A quem tanto quero bem.

 

Quem não se lembra, lá na terra que adoro,

Oos famosos Thedooro, Mariano e Sebastião,

Das grandes turmas, procurando a pedra rara,

Na faísca e grupiara, na virada ou no monchão,

Hoje recordam compradores de diamante:

Manoel Borges e Luiz Galante,

Personagens tão famosas.

Pedro Honorato, que deixou grande saudade,

Foi também autoridade, nestas pedras preciosas.

 

Oh, Mariano e Sebastião, quanda saudade!

A nossa felicidade já não pode reviver,

Mas prosseguimos nesta luta sem quartel,

E lá de Coromandel, nunca iremos esquecer.

Brasil amado, esta letra sem retoque,

Do Chui ao Oiapoque, cantarão os filhos teus.

E a mensagem a um povo tão sensível,

Da cidade inesquecível,

Que merece a paz de Deus.

 

 

 Gente de minha terra

 

Goiá e Amir

 

Fiz tanta homenagem ao interior
E ao trabalhador de alma gentil
Os versos que fiz os colegas gravaram
E se espalharam por este Brasil
E a saudade da minha terra
Tornou-se um hino na voz do meu povo
Porque quem deixou sua terra querida
Embora alcançando sucesso na vida
Não há quem não queira revê-la de novo

 

Quem é que esquece o campo, a cascata
O lago, a mata, a pesca de anzol
O gado pastando o capim do atalho
Molhado de orvalho brilhando ao sol
E a gentileza daquele povo
Que a todos dispensam o mesmo calor
Eu gosto da vida também da cidade
E sei que existe a felicidade
Mas deve ser filha do interior

 

Nos bailes da roça eu sempre cantava
Alguém que me amava chorava por mim
Depois eu dançava no grande terreiro
Sentindo o cheiro da flor de jasmim
E até hoje ainda sinto
Aquele perfume pairando no ar
Me faz reviver a feliz mocidade
É o perfume da doce saudade
Que nada no mundo consegue apagar

 

É quase um mistério a vida da gente
A luta da mente é quase que vã
Aquilo que hoje se vê naufragada
Talvez será nada em nosso amanhã
E a saudade da minha terra
Está em minha alma e em todo meu ser
No palco da vida eu vou trabalhando
Mas quando sentir as cortinas fechando
É na minha terra que quero morrer

 

Grão de Areia

 

Goiá e Leonardo Amâncio

 

Quando a maldade formando teia
Vem acusar-me do que não fiz
Saio da trama que me enleia
Buscando a terra dos bem-te-vis
Só gente amiga lá me rodeia
E ouvindo o canto de uma perdiz
A luz divina em mim clareia
E ensina a forma de ser feliz



A mão do mestre desfaz a teia
E a vida toma lindo matiz
No fio de água que serpenteia
Por entre as flores do meu país
Colher os frutos que a fé semeia
Sem magoar-se com que se diz
É o grande leme que aqui norteia
A nau perdida do infeliz.



Quando a tristeza me desnorteia
O meu refúgio meu chafariz
É uma casinha modesta e feia
De móveis velhos e sem verniz
A luz mortiça de uma candeia
Sentindo o cheiro da flor de lis
E o prateado da lua cheia
Banhando as copas dos buritis.



Nessa casinha parede-meia
No paraíso das juritis
A minha sorte me presenteia
Com tudo aquilo que tanto quis
Não guardo mágoa de quem me odeia
Porque num mundo de idéias vis
Sou simplesmente grão de areia
E o ser supremo é meu juiz.

 

 


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